sexta-feira, 30 de setembro de 2011


HISTÓRIA DOS POVOS INDIGINA E SUAS DIVERSIDADES

      Para muitos pesquisadores e historiadores, os primeiros povos humanos da America surgiram no continente africano, e de lá se deslocaram para outras regiões da terra entre elas o continente Americano.  Há hipótese mais aceitável nos dias atuais sobre a ocupação humana na America é a “Teoria Clóvis” (teoria mais aceita nos meios científicos e históricos, onde foi elaborado pelo antropólogo norte americano “Cristy Turner” entre os anos 1930 e 1940) que diz que os primeiros grupos a chegarem teriam saído da continente onde ficam hoje a Mongólia e a Sibéria localizadas no norte da Ásia há cerca de 15mil anos atrás. Atravessando o “Estreito de Bering” (que separa continente Asiático da America do Norte) por uma passagem de gelo, formada pela glaciação. Durante milhares de anos, se espalhavam pelo continente, até chegar à Patagônia na America do sul (Enrique Yamandu P. Barbitta, livro: coleção discutindo a história).
      Com ocupação e a conquista dos povos indígenas sobre o continente americano, desenvolveu se vários tipos de culturas e costumes entre os povos indígenas como, por exemplo, rituais danças, costumes tipos e principalmente todos os tipos de linguagens que cada tribo indígena tinha. Estima-se que só na bacia amazônica existissem 5.600.000 habitantes (dados estimados pela FUNAI). Também em termos estimativos, os lingüistas têm aceitado que cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas pelas muitas sociedades indígenas então existentes no território que corresponde aos atuais limites do Brasil.
      Quando os portugueses chegaram aqui no Brasil, e se depararam com alguns nativos, conseqüentemente houve “choque de culturas”, pois se depararam com uma cultura já constituída, bem deferente com da Europa (alguns registros da época do “redescobrimento do Brasil” podem se vistos e interpretados na “carta de Pero Vaz de Caminha” à coroa real de Portugal, sobre o impacto cultural que houve naquela época), onde se tiveram a primeira impressão de os índios eram povos selvagens sem cultura. Posteriormente e Conseqüentemente submeteram os índios ao catolicismo e usaram como mão-de-obra escrava para exploração do pau-brasil.  
      As populações indígenas são vistas pela sociedade brasileira ora de forma preconceituosa, ora de forma idealizada. Dominadas política, ideológica e economicamente por elites municipais com fortes interesses nas terras dos índios e em seus recursos ambientais, tais como madeira e minérios, muitas vezes as populações rurais necessitam disputar as escassas oportunidades de sobrevivência em sua região com membros de sociedades indígenas.
      Já a população urbana, que vive distanciada das áreas indígenas, tende a ter deles uma imagem favorável, embora os veja como algo muito remoto. Os índios são considerados a partir de um conjunto de imagens e crenças amplamente disseminadas pelo senso comum. Só recentemente os diferentes segmentos da sociedade brasileira estão se conscientizando de que os índios são seus contemporâneos (artigo de 2009: História dos índios no Brasil). Eles vivem no mesmo país, e participam da elaboração de leis, elegem candidatos e compartilham problemas semelhantes, como as conseqüências da poluição ambiental e das diretrizes e ações do governo nas áreas da política, economia, saúde, educação e administração pública em geral.  Uma atitude muito importante foi adotada pelo Estatuto do Índio (Lei nº. 6.001, de 19.12.1973), que norteou as relações do Estado brasileiro com as populações indígenas até a promulgação da Constituição de 1988.
      No Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira (fonte: do IBGE de 2006). Cabe esclarecer que este dado populacional considera tão-somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas Há também 63 referências de povos indígenas que ainda não-contatados além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.
      No estado de Alagoas existem vários povos e aldeias indígenas (Aconã, Carapotós, Cariris-xocós, Caruazus, Catokinn, Jeripancó, Kalankó, Koiupanká, Koiupanká, Uassu-cocal, Xucurus-kariris). Mas na cidade de Palmeira dos Índios (a terceira maior cidade de Alagoas, localizada no agreste alagoano), só existe uma etnia, ou seja, um povo indígena, que são os “Xururus-kariris”. Os Xucurus-Kariris são um grupo indígena oriundo do município brasileiro de Palmeira dos Índios, no estado de Alagoas, e provêm da união de duas etnias distintas, Xucuru (oriundos do estado de Pernambuco) e Kariri (naturais do estado de Alagoas). Essa população indígena foi estimada em 1.337 pessoas (Identificação e Delimitação: Grupo Técnico de identificação e delimitação Portaria FUNAI nº 1.121/PRES de 23 de agosto de 2006, coordenado pela antropóloga Siglia Zambrotti Doria), um grande contingente de pessoas que se atribui identidade indígena pode ser encontrado fora das áreas rurais tradicionalmente habitadas por índios e descendentes, residindo na periferia da cidade de Palmeira, em seus bairros periféricos (como Palmeira de Fora), ou mesmo nos municípios vizinhos, como Canafístula, Igaci e Estrela de Alagoas. Essa população exerce trabalhos predominantemente rurais, produzindo para a subsistência ou se empregando em terras alheias. Dos que residem na cidade, muitos alternam algum trabalho nas regiões de origem nas diminutas terras que suas famílias ainda detêm com o trabalho na cidade, ou vivem exclusivamente do emprego e do subemprego urbano. Já alguns indígenas Xururus-kariris preferem preservar sua cultura e suas tradições, como por exemplo, vivendo exclusivamente da agricultura (cultivação de mandioca, milho, feijão, preparo de farinha de mandioca, pesca, coleta de frutos), mantendo suas tradições indígenas (danças contendo rituais e musicas típicas, crenças religiosas) e principalmente mantendo e preservando sua língua oriunda, onde atualmente está ameaçada e quase completamente extinta devido ao crescimento avanço das cidades e a mistura de culturas entre índios com não índios, (conseqüentemente são os poucos nativos que ainda sabem falar sua língua nativa). Por causa do crescimento e avanço das cidades e misturas de culturas, e também devido a esses e a outros fatores, alguns índios preferem manter o mais isoladamente possível, para poderem preservar o pouco que resta de sua cultura nativa oriunda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Sites de pesquisa (Leituras e consultas indicadas indicado pela professora Giane Albiazzetti da disciplina de Antropologia): htt://wwwsocioambiental.org.br/     
htt://wwwfunai.gov.br/         :
 Livro: “Povos Indígenas de Minas Gerais” (Prezia (2004); São Paulo: Paulinas;
Livro: “America que os Europeus Encontraram”. São Paulo, atual. (Coleção Discutindo a história), de Enrique Yamandu P. Barbitta;
 Livro: “A escrita da História, de Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, volume único ensino médio de 2005 (primeira edição);
Livro: “História Global Brasil em Geral”, volume único (editora Saraiva 2008), de Gilberto Cotrim;
Livro: “Descobrindo a História Brasil: Colônia” de Sonia Mozer e Vera Telles (editora Ática, 2005);
Leituras indicadas: Almeida, Maria Regina Celestino de. História dos índios na América: abordagens interdisciplinares e comparativas. Tempo (online). 2007, vol. 12, n23, pp196-198. Disponível em: htt://wwwscielo.br/pdf/tem/v12n23/v12n23a11.pdf      :  
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponíveis em: http://www.ibge.gov.br/home/











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