sexta-feira, 30 de setembro de 2011

1. INICIO DA EVANGELIZAÇÃO E DEVOCÃO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE DA CIDADE DE IGACI: 1570 a 2010

       A devoção a Nossa Senhora da saúde teve inicio em Portugal, na época da “grande peste”, em meados do século XVI. Em 1569 o contagio chegou ao Maximo, e todos os esforços da medicina não foram capazes de combater o mal. Ao ver que os recursos humanos não foram suficientes a população portuguesa recorreu à fé cristã, organizando procissões de penitências em honra a Nossa Senhora, suplicando sem demora a saúde para aquele povo. Em 1570, tendo diminuindo o numero de mortes, foi escolhido dia 20 de abril para agradecer a Nossa Senhora da Saúde pelos benefícios recebidos.
      A evangelização e devoção a Nossa Senhora da saúde da cidade de Igaci, teve inicio quando ainda era apenas um lugarejo (chamado de Olhos D’ Água do Aciolly, que era pertencente ao município Palmeira dos Índios, que hoje atualmente já emancipada se chama “Igaci”), onde brotaram do seio das primeiras famílias, Torres, Albuquerque e Aciolly de origem portuguesa que aqui chegaram por volta século IX (não se sabe e não há registros da data exata da chegada destas famílias portuguesas ao município e no Estado de Alagoas). Cada família se encarregava de ensina a sua prole e as suas orações do cristão (sinal da cruz, Pai- Nosso e outras).
      Em cada residência se constava a presença de um oratório (móvel de madeira em forma de capela onde eram colocadas várias imagens dos santos e de suas devoções), onde diariamente as famílias se reuniam em oração.
      Todos os anos reuniam se toda comunidade para celebrar a abertura e o encerramento do mês de maio, festa de São João, São José e dia de Nossa Senhora (08 de dezembro).
 Após a guerra do Paraguai, surgiu em todo Brasil um surto de cólera e varíola que dizimaram centenas e centenas de vidas. Atribui se aos soldados do exército brasileiro que participaram da guerra do Paraguai e chegaram contaminados a entradas destas epidemias em nosso território. Vários estados foram atingidos, de modo particular os banhados pelo oceano atlântico. Dentre eles, o Estado de Alagoas. Tendo em vista a precariedade da medicina em todo o Brasil naquela época, principalmente nos estados menos desenvolvidos o pequeno número de profissionais, as epidemias alastravam-se com muita rapidez e chegou à situação de calamidade pública naquela época. Cada pessoa que morria era sepultada imediatamente em cemitérios clandestinos para não contaminar as demais pessoas.
      A comunidade de Olhos D’ água do Aciolly (que posteriormente emancipada, se tornaria cidade de Igaci, que atualmente é o nome da cidade) também foi atingida pela epidemia, muitas vidas foram sacrificadas. Cada dia que passava a situação ficava mais complicado. Pessoas de todas as grandes cidades. Nada mais restava a não ser espera para ver membros de uma família, das antigas e tradicionais também serem contaminadas com umas dessas enfermas. Nenhuma pessoa após ser contaminada podia permanecer no seu lar junto às demais. Eram depositadas em palhoças feitas de folhagens dentro de um esconderijo. Deitava – as em folhas de bananeiras. Ficavam seminuas, porque ninguém iria lavar suas vestimentas para não ser contaminadas e por outro lado para diminui o sofrimento quando toda a pele do corpo entrava em estado de erupção (as vitimas da varíola) ou desidratada pelo vibrião colérico.
      Vendo aquela situação calamitosa as famílias Torres, Albuquerque e Aciolly, de origens portuguesas devotas fervorosas de Nossa Senhora da Saúde deste os seus antepassados de Portugal, fizeram promessas e orações para Nossa Senhora da Saúde para aqueles males fossem erradicados. Sem Nenhuma demora a suplica foi atendida.
       Como em Portugal já existira a devoção de Nossa Senhora da Saúde colocada pelos mesmos motivos às famílias daqui de Olhos D’Água do Aciolly pediram aos parentes de Portugal que enviasse uma imagem de Nossa Senhora intitulada como da Saúde. A mesma cruzou o oceano atlântico de navio de Portugal até o porto de Maceió em 1870. De Maceió até a cidade de Palmeira dos Índios a mesma veio de caminhão. De Palmeira até a comunidade de Olhos D’ Água do Aciolly a imagem foi transportada pelas mãos de senhores que matavam sobre cavalos. Ao chega à comunidade foi recebida com procissões, festas e cânticos. A partir desta data até os dias atuais com filial a ardorosa devoção se louva a Nossa Senhora da Saúde e a cada ano se celebra suas festas que conta novena e a celebração da santa missa que tradição da cidade. 
      Tudo voltou ao normal e como sinais de retribuição pela graça recebida, por volta do ano de 1873 ergueram nomeio do lugarejo uma pequena capela de taipa (madeira e barro) com um cruzeiro em frente em homenagem a Nossa Senhora da Saúde.
      Esta capela que foi entregue aos cuidados da família da jovem Eudócia que ainda de idade terá também ajuda a sua mãe a zelar do templo. A primeira catequista foi à jovem “Antônia Tomaz de Albuquerque” onde passou a colaborar com as famílias ensinando as crianças e jovens as primeiras orações do cristo e se preparem para primeira eucaristia.
      No dia primeiro de janeiro de 1900, o referido padre da época com vários senhores e com aprovação das famílias, mas antigas e tradicionais (Torres, Albuquerque e Aciolly) levou sobre os ombros ergueram na Serra de Igaci, hoje conhecida como Serra do cruzeiro (imagem disponível no anexo), um cruzeiro de madeira para marcar o inicio do século XX e servir como de romaria e penitência para o novo católico do novo século, principalmente durante a semana santa.
      Hoje a evangelização é feita pela própria comunidade, como catequese de preparação para recepção dos sacramentos inicia celebração da palavra, distribuição da santa eucaristia, exéquias e outras celebrações, bem com a criação dos movimentos e pastorais que muito tem feito no processo de evangelização destes 1968 até os dias atuais, na Paróquia matriz de Nossa Senhora da Saúde localizado na cidade de Igaci.

REFERÊNCIAS

Biblioteca Municipal de Igaci Alagoas: registros catalogados registrados e pesquisados pela professora de história Maria Alves: graduada em História pela UNEAL (Universidade Estadual de Alagoas) e pesquisadora da história de Igaci destes 1985;

Fontes orais: professora Maria Alves e padre José Pinto;

Igreja Matriz de Nossa senhora da Saúde da cidade de Igaci Alagoas: registros antigos 
catalogados, pesquisados e registrados pela professora de história Maria Alves;

Site de pesquisa: http://citybrazil.uol.com.br/al/igaci/historia-da-cidade.

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